Sem excessos.

Não gosto de ter que agir de formas forçadas. E o ficar me faz ser forçada. Beijar a boca de uma pessoa que nunca vi e, talvez, nunca mais verei. Acho nojento. Sei lá o que tal pessoa fez com a boca antes. Sei lá o sobrenome da pessoa que estou beijando. Sei lá se é um psicopata. Simplesmente sei lá.


Há os que conhecem uma pessoa na noite, rola um envolvimento, beijos, amassos e sexo. No outro dia, correria: veste a roupa, corre pro banheiro, limpa o rímel que te deixou com cara de panda e dá aquele oi envergonhado, afinal, quem é esse indivíduo? Eu não consigo. Pra mim é demais. Quero acordar com cara de panda e não ter que correr pra nenhum lugar, a não ser para os braços da pessoa que está ao meu lado. Quero não ter que acordar, continuar dormindo e ganhar um beijo e um café na cama e uma flor da floreira da vizinha.

Sou da nova geração e, em contrapartida, do tempo do portão. Acho bacana aquela sedução toda, olho no olho, pegar na mãozinha, dar sorriso tímido, contar a vida devagar, falar da infância, dos sonhos, dos receios, da família, do trabalho, dos projetos. Gosto de abraços, jantar romântico, surpresinhas, torpedo no meio do dia, ligação de boa noite, cartinha e por aí vai.

Duvido que ficantes e pegadinhas tenham isso. Casos são casos. Ficante é ficante. Pegada é pegada. Nada disso é amor. Amor é outra coisa. Romance é outra coisa. As pessoas confundem, se perdem, viajam. Eu já me confundi também, confusão é a sombra do ser humano.

Hoje eu percebo as coisas de uma forma mais clara: não quero complicação pra minha vida. Quero o simples. E amar, bem, amar é a coisa mais simples do mundo.

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