“Não importa quão grande seja a tormenta desde que o semblante seja sempre calmaria.”

Foi isso que me mandaram fazer, to obedecendo, poxa. Todos os dias a saudade arrasa comigo e por fora, sorrio à La Monalisa, ninguém gosta de quem sofre, chora, reclama, é preciso ter fé, sorrir e disfarçar o quanto ainda preciso dele. Tenho conseguido. Quem me vê assim: salto alto, maquiada nem percebe a dificuldade que é manter toda essa pose de mulher desapegada e resolvida. Disseram uma vez que quanto mais você abre mão de algo, mais a vida te devolve esse algo, então tenho repetido inúmeras vezes que eu não te quero, que eu não te amo e que você pode ser feliz em outra vizinhança. Mas, os dias passam e nada do telefone tocar, de uma mensagem chegar, nada de nada. O inconsciente despreza a minha espera e eu sonho, de todas as maneiras, eu sonho: que você voltou, morreu, mudou, casou, que a gente se amou. A sua falta comprime o estômago, sufoca o peito, eu sinto um nó na garganta e para todos os lugares onde eu vou, você está lá. Quando acredito que acabou e finalmente estou livre de você, uma lembrança remota me inunda de emoções gostosas de sentir, é como se no fundo eu ainda fizesse a mesma escolha todos os dias. Tenho repetido: calm down, girl, everything passes and love doesn’t die, not yet. E como fez Caio F. colo um papel no espelho: eu te amo! É pra mim mesma. Pra ver se lá no fundo, aquela coisinha besta chamada fé ressurge em mim e eu consiga ter paz pra continuar a luta diária de esquecer quem me fez bem, me fez crescer, me fez amar, me fez descobrir outras maneiras de mostrar esse amor.

Um comentário:

  1. nooossa fe, mto lindo.. parece o que eu to vivendo.. me arrepieiiii

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